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A Ciência do Yoga
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Yoga

A ciência do Yoga

A palavra genérica Yoga, para designar os vários caminhos para a auto-realização do ser humano, segundo a gramática sânscrita é um substantivo masculino que se origina da raiz do sânscrito Yug, que significa “Unir”, vínculo, reintegração ligadura, conexão, conformidade, etc., é a ciência que simplifica a união entre o indivíduo (mente, corpo e espírito), conhecido também como mundo afectivo: emoções e sentimentos e o Universo. A criança, nascido do pai (fonte positiva no sentido de polaridade) e da mãe (fonte negativa no sentido de polaridade), consegue também a realização espiritual de maneira análoga pela fusão de duas forças: Jivatma (alma encarnada) e Paramatma (alma universal). Finalmente, unindo-se, identificando-se com todos, com tudo, com toda a criação, chega a conhecer-se, conhecendo o todo penetrando o Microcosmos (pequeno universo, ser humano) mergulha no Macrocosmos (Grande Universo), igualdade entre a fase passiva de iluminação e a forma activa de Realização, paralelo entre o ser pessoal e o Ser Cósmico, ou melhor, entre a consciência individual e a Consciência Universal.​

 

O conhecimento destes pormenores requer um profundo estudo, de acordo com um processo especialmente susceptível através de um autêntico Yoguí.

 

A ciência do Yoga, sobre as diferentes linhas (ramos) que na realidade o compõem. Há dezoito Sendeiros que conduzem à Sabedoria, de acordo com os dezoito capítulos do Bhagavad-Gita, livro sagrado da filosofia hindu. Cada um dos Sendeiros representa um ramo particular do Yoga.

 

Hatha-Yoga (domínio do corpo físico), Karma-Yoga (progresso por meio da acção), Jnãna-Yoga (caminho mediante o conhecimento), Bhakti-Yoga (realização através da devoção), etc. Yoga é um conjunto de técnicas psicofísicas que integram os planos existenciais do ser humano: corpo físico, mental e emocional. Pode-se considerar uma disciplina espiritual que utiliza o corpo para expressar as emoções e sentimentos de forma harmónica. É o mais lógico integrar. O objectivo destas posições é captar vibrações especialmente estudadas através das idades dos Grandes Seres.

 

O Yoguí busca simplesmente praticar os seus exercícios para o seu bem-estar com fins naturais e até mesmo espirituais.

 

São chamados Yogís aqueles para quem o ouro e uma simples pedra têm o mesmo valor, ou seja, Yogí é aquele que se encontra tranquilo todo o tempo e nada o afecta. São indiferentes ao prazer ou á dor permanecendo unidos com as Esferas Superiores da Existência da convicção de que o conhecimento elimina as dúvidas e ilusões da existência material.

 

Para cumprir com os princípios Yoguís não é necessário retirar-se do mundo como os Sadhus (Yogí que vive nas cavernas), nem abster-se do alimento e do repouso, mas permanecer com perfeito equilíbrio sem nenhuma classe de exagero. O Yoga é uma filosofia prática de auto-integração, auto-educação, auto-conhecimento e auto-realização. Um sistema completo de educação do corpo, da mente e do espírito. Não existem limitações com respeito ao sexo, a idade, nem restrições, causa de doenças ou defeitos físicos, para quem deseja transformar suas vidas, controlar os seus vícios, dominar as paixões, ser imune às infecções e indisposições, e em resumo, praticar esta antiga ciência chamado Yoga.

 

Origem do Yoga

 

Esta arte de viver é uma ciência completa que remonta ao período pré-histórico, e a maioria dos livros e Escolas, afirmam que surgiu na Índia cerca de 5.000 a.C. e seu criador é Shiva. Na Índia durante milénios, o Yoga é transmitido pela tradição oral, O termo sânscrito que designa essa transmissão é parampara, que significa sucessão, mais tarde confirmada por escritos sânscritos e vernáculos (anteriores à civilização ariana). A sua prática marca profundamente a espiritualidade indiana, tornando-se aspecto predominante. E é graças ao impressionante desenvolvimento dessa habilidade que ensinamentos das tradições indianas foram preservados e, posteriormente, deram origem a obras grandiosas e fundamentais como os Vedas, os Upanishads, o épico Mahabharata, cujo capítulo mais conhecido e directamente associado ao Yoga é o Bhagavad Gita e, especialmente, o precioso Yoga Sutra, de Patañjali. Mas foi somente em 1893, com Swami Vivekananda, que o Yoga chegou legitimamente ao Ocidente. A partir daí, com muitos erros e alguns acertos, começa o nosso envolvimento com este que é considerado uma das seis grandes tradições ou sistemas filosóficos da Índia - em sânscrito Dharshana. As outras cinco tradições são o Nyaya, o Vaisheshika, o Samkhya, o Mimansa e o Vedanta. O Yoga "Clássico" tal como foi estabelecido e codificado por Patanjali, dois séculos antes da nossa era, aparece no século IV A.C. e desenvolve-se até ao século XI. Antigos documentos históricos ou arqueológicos referem-se ao Yoga como algo muito ancestral. No entanto, descobertas arqueológicas, de 1952, nos faz crer que a origem do Yoga é Europeia, aproximadamente de 10.000 a 15 000 anos a. C. Conta-se que o Yoga foi levado á Índia pelos povos mediterrâneos (drávidas) por volta de 3 500 anos a.C. e que a Índia conservou esses ensinamentos até nos nossos dias, e por isso é considerada a terra do Yoga. Se encontram diversas lendas que relatam a origem do Yoga e elas nos fornecem dados importantes. Porém as lendas são sempre sujeitas a interpretações, logo passíveis de erro. Sabemos que o Yoga é o mais antigo sistema de evolução pessoal, a sua transmissão é tão válida hoje como o era na antiguidade. O Yoga é sem dúvida uma forte ajuda prática e não uma religião, entendê-la é uma virtude e a sua técnica pode ser praticada por todo o tipo de pessoas.Os textos fonte de todos os ensinamentos relacionados com a prática do Yoga são:

 

Os Vedas - Hinos em verso ou em prosa, fruto da civilização indo-europeia que nasceu no norte da Índia em 1500 A.C. O Yoga reveste segundo estes textos o sentido de uma disciplina aristocrática, revelada a alguns iniciados, recobrando o seu significado etimológico: atrelar uma parelha de cavalos impetuosos ao carro de guerra de um príncipe ou de um deus. Os Vedas ulteriores alargam esta noção restrita: o Yoga torna-se um método, uma receita aplicada á moral, á conduta religiosa, familiar e psicológica. Os Vedas expõem os preliminares ascéticos e as disciplinas do corpo que favorecem a resistência física "tapas". Evocam também estados de consciência estáticos que serão mais tarde integrados na tradição do yoga. Começa aqui a incorporação dos rituais e sacrifícios através dos exercícios físicos.

 

As Upanixades - Escritos em prosa, dos quais os mais antigos remontam ao século V ou VI A.D., contemporâneos do budismo, que traduzem as diversas orientações espirituais que atravessam o pensamento indiano nessa época. A palavra Yoga é utilizada pela primeira vez nos Upanixades, na sua acepção tradicional: ascese individual passível de realizar a união do atman e do brahman. Alguns permanecem fiéis à especulação metafísica e à contemplação gnóstica; outros insistem na via ascética e nos exercícios psico-corporais. Estes últimos são geralmente denominados por Upanixades do Yoga. As mais conhecidas são: Katha Upanixade, Taittitya, Chandogya, Kshurika, Yoga Tattva. Pela primeira vez, um texto explícito formalmente a perspectiva espiritual do Yoga: libertar a alma da roda do samsara, ou seja da sucessão das encarnações. A concepção metafísica do Yoga, influenciada pelo Budismo e pelo Vedanta, aprofundada pelas Upanixades, sofrerá diversas evoluções. É importante saber que a prática do Yoga constituía na Índia ariana, regida pela obediência ritual, um pecado sem remissão. O Yogui abandona a sua família e a sua casta, descura os seus deveres rituais, colocando-se numa posição de rebelião indisfarçável perante as instituições bramânicas. Aqui surge um antagonismo subsistente entre a vontade yoguica de resgate individual e o fervor ritual institucionalizado pelos Arianos.

 

O Maabarata e a Bagavadguita - Este antagonismo teve resolução por volta do século IV. O Yoga, reservado por tradição a uma minoria de renunciantes, conhece subitamente uma renovação, uma popularidade, pelo aval de tratados fundamentais cujo êxito foi prodigioso. O Maabarata, epopeia heróica cujo propósito inicial, a narração de uma guerra fratricida entre vários clãs, encontra-se amplamente extravasado por sucessivos acrescentos, textos jurídicos, teológicos e místicos. Alguns dos seus livros fazem alusão ao Yoga, bem como à metafísica que o subentende, o Samkhya, mas é o seu VI, a Bagavadguita, que dá ao Yoga uma nova extensão cujas repercussões espirituais foram consideráveis. Assim a Bagavadguita altera a vida espiritual indiana, permitindo a todos, sem exclusão, de praticar o Yoga da sua preferência.

 

Os Yoga Sutras de Patanjali - Embora hoje seja contestada a paternidade dos Yoga Sutras, por parte de eminentes especialistas na cultura indiana, uma coisa é certa, Patanjali codificou uma doutrina que lhe é bastante anterior. Graças a uma sintetização genial, o autor dos Yoga Sutras condensa um conjunto de teorias baseadas numa técnica já constatada. As suas fórmulas concisas e precisas, destinadas à memorização, cristalizam uma experiência secular. Esta obra divide-se em quatro secções: A 1ª constituída por 51 aforismos foca a absorção ou êxtase meditativo que se segue aos trabalhos corporais preliminares, asanas, pranayama, pratyara. A 2ª constituída por 55 aforismos é consagrada ao método propriamente dito e às técnicas que permitem recuperar o estado de consciência anteriormente referido. A 3ª constituída por 55 aforismos aborda os poderes supramentais ou parapsicológicos, siddis, que decorrem da absorção da pura consciência. A 4ª costituida por 34 aforismos trata do estado contemplativo, da imersão no Eu, Brahman. Os comentadores destes aforismos estimam que esta parte é resultado de uma adição tardia. O Primeiro Sutra contém, só por si, o ensinamento do Yoga. " O Yoga é o controlo das actividades flutuantes do pensamento. Então, aquele que vê reside na sua própria forma; de outro modo ele reveste a forma das suas actividades."

 

Benefícios

 

Há milénios poderíamos dizer que o Yoga proporcionava a Identificação com a Divindade, a iluminação do intelecto, a elevação espiritual, o desenvolvimento dos poderes latentes e a perfeição fisiológica. Hoje em dia em diversos Países o Yoga foi integrado à Medicina, Psicologia, Parapsicologia, Psicoterapia, Fisiologia, Desporto, vida familiar, social e profissional. Em carácter terapêutico o Yoga confere maior calma e tranquilidade, aumenta a memória, raciocínio, inteligência, lucidez mental e a concentração. Aumenta o potencial subconsciente transferindo-a para a esfera consciente, a prática diária contribui para manter o corpo são e dessa forma aumentar o volume de oxigénio no sangue. Tem-se revelado um método muito útil para liberar o stress e a tensão mediante o exercício e a respiração.

 

Seria impossível colocarmos aqui todos os benefícios adquiridos através da prática do Yoga pelo qual o sangue humano se descarboniza e volta a oxigenar-se. Os átomos deste extra - oxigénio transmutam-se em corrente vital (prana) para rejuvenescer o cérebro e os centros subtis ao longo da coluna vertebral conhecido por Chakras (vórtices de energia). Sustando a acumulação de sangue venoso, o Yogue pode diminuir ou evitar a degeneração dos tecidos. O Yogue avançado transmuta suas células em energia. Os antigos Yoguís descobriram que o segredo da consciência cósmica se liga intimamente ao domínio da respiração. Esta é a contribuição sem par, e imortal, da Índia, ao tesouro de conhecimento do mundo. A força vital, que se emprega para manter a pulsação cardíaca, deve tornar-se livre para actividades superiores por meio de métodos que acalmem e deteriore as demandas incessantes da respiração.

 

O Yoga também ajuda a modelagem do corpo e estética, o crescimento, músculos, flexibilidade articular, vitaliza os pulmões e vias respiratórias, melhora a circulação, oxigenação e auxilia para um bom parto. Mas o verdadeiro objectivo do Yoga é o Samadhi (supra-consciência ou iluminação da consciência). Este objectivo se consegue através da prática da meditação. Os diferentes níveis de Samadhi cada um correspondem a um chakra (vórtice de energia) ou de um determinado estado de consciência. Para atingir o Samadhi é necessário despertar a Kundaliní uma energia subtil, feminina que se manifesta através de todas as coisas, a qual é a essência da composição dos corpos, o fluido vibratório até os elementos. Seu aspecto positivo se denomina Prana, e o negativo Akasha.

 

Pode-se fazer frequentes alusões á pranificação das coisas, como uma espiritualização no sentido alquímico. Akasha é considerado mais vulgar, define-se assim: O Prana para o Espírito (inteligência espiritual) e o Akasha para a matéria (inteligência afectiva). A filosofia chinesa lhes atribui os nomes de Yang e Yin. Existindo Prana e Akasha na natureza, o Yogí trata de harmonizar com estas duas polaridades mediante Pingala e Ida (positivo e negativo), as duas correntes subtis do ser humano. Estas estão representadas pela metade direita e a metade esquerda do corpo, e com a ajuda de Pránáyáma (exercícios respiratórios) o organismo absorve as vibrações solares (pelo Nadi-Solar (surya): Pingala) – narina direita ou da Lua (Nadi-Lunar (chandra): Ida) – narina esquerda; segundo a necessidade de forças positivas ou negativas. Os taoístas fazem o mesmo com o Yang (positivo) e Yin (negativo). A fossa nasal direita (Pingala) e a esquerda (Ida) canaliza respectivamente o Prana e o Akasha, os que à sua vez fazem vibrar o Sushumna (canal central ao longo da coluna vertebral – medula espinhal), o conduto que mora Kundalini (Serpente Ignea) de polaridade negativa, é a corrente que ilumina os chakras, elevando o indivíduo às esferas superiores da Consciência Universal (Samadhi).

 

Advertência

Deve praticar-se com suavidade, respirando adequadamente e com os músculos bem preparados. As pessoas com problemas de coração ou de coluna, tontura ou hipertensão sanguínea devem ser acompanhados por um profissional de saúde antes de iniciarem e assim poderem praticar o Yoga como qualquer outra pessoa.

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